A Proclamação da República no Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, foi um marco histórico que estabeleceu o sistema republicano no país. Esse evento foi o resultado de uma aliança entre militares e civis que estavam descontentes com a monarquia.
Os militares estavam insatisfeitos com os salários e as condições de carreira, e reivindicavam o direito de expressar suas opiniões políticas, direito esse que havia sido negado pela monarquia. Além disso, as elites emergentes estavam descontentes com sua sub-representação na política monárquica.
Grupos sociais começaram a demandar maior participação política através do voto. A causa abolicionista também se juntou ao movimento republicano. Esses grupos uniram forças em um golpe que depôs a monarquia e levou à expulsão da família real do Brasil.
Causas da Proclamação da República
As causas da Proclamação da República do Brasil estão diretamente relacionadas à crise do Segundo Reinado. O movimento republicano emergiu como resposta a essa crise, conquistando o apoio da elite brasileira. Embora houvesse apoio popular ao imperador, seu governo já não era eficaz e não conseguia mais gerir a crise do final do século XIX. Tradicionalmente, a historiografia refere-se às causas da Proclamação da República como "questões".
A Questão Militar surgiu do conflito entre Dom Pedro II e as forças armadas. Com o prestígio obtido após a vitória na Guerra do Paraguai, os militares buscaram um papel mais ativo na política do país, mas foram barrados pelo uso do Poder Moderador pelo imperador. O Exército, em particular, passou a ser visto como o "salvador da pátria", o portador das soluções para a crise do Império.
O vínculo entre o Império e a Igreja também foi fonte de desentendimentos entre Dom Pedro II e o clero católico. Em conformidade com as diretrizes do Vaticano contra a maçonaria no final do século XIX, diversos bispos proibiram a filiação de maçons a ordens religiosas. A prisão dos bispos que aderiram estritamente a essa proibição desencadeou a Questão Religiosa, resultando na ruptura entre o imperador e a Igreja Católica.
Outro fator crucial para o término do Império e a subsequente Proclamação da República foi a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888. A libertação dos escravos ocorreu sem compensação financeira ou suporte aos libertos, levando os fazendeiros a se afastarem de Dom Pedro II e a se alinharem com o movimento republicano, sendo posteriormente denominados "republicanos de última hora".
O declínio de Dom Pedro II e o deterioramento de sua saúde deixaram o Segundo Reinado sem liderança, facilitando a ação das tropas do marechal Deodoro da Fonseca que, em 15 de novembro de 1889, proclamaram o fim do Império e a instauração da República no Brasil.
Consequências da Proclamação da República
O fim da monarquia brasileira, trouxe importantes consequência para o país, dentre elas, as principais são:
1. Fim da Monarquia;
2. Estabelecimento do Governo Republicano;
3. Implantação do Federalismo;
4. Estabelecimento do sufrágio universal masculino e fim do voto censitário
5. Implantação do Estado Laico.
Fontes:
https://capital.sp.gov.br/web/justica/w/noticias/357645
https://al.se.leg.br/brasil-comemora-133-anos-da-proclamacao-da-republica/
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/proclamacaodarepublica.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/proclamacao-republica.htm
